30 de julho de 2009

Macunaíma - Mario de Andrade


Rapsódia escrita em 1926 e publicada em 1928, traz uma variedade de motivos populares que Mário de Andrade juntou de acordo com as afinidades existentes entre eles.Trata-se de uma espécie de "coquetel" do folclórico e do popular do Brasil. Mário de Andrade mistura o maravilhoso e o sobre-humano ao retratar as façanhas de um herói que não apresenta rigorosos referenciais espaço-temporais – Macunaíma é o representante de todas as épocas e de todos os espaços brasileiros.


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Iracema - José de Alencar


Do amor entre o colonizador Martin e a índia Iracema, surge una nova nação. Aventura e lirismo se misturam nesta lenda lírica, narrada em linguagem poética, em que José de Alencar apresenta metaforicamente as origens do Brasil. Iracema é um dos pontos altos do Indianismo em nossa literatura.


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25 de julho de 2009

O alienista - Machado de Assis

O autor conta a história de Simão Bacamarte, um médico alienista que funda na cidade de Itaguai no Rio de Janeiro a Casa Verde, onde faz experimentos para mostrar os padrões de alienação, e estipular a fronteira entre a normalidade e a loucura. O médico começa internando algumas pessoas e provoca admiração. Assim a cada dia mais e mais pessoas são internadas até que mais da metade da cidade encontra-se na Casa Verde. A população então passa da admiração à indignação, porque começam a por em prova os seus métodos. Obviamente o Dr. Simão interna àqueles que não acreditam na sua ciência, chegando ao extremo quando interna também sua esposa. Ele dando-se conta que toda cidade esta alienada, começa a refletir de que somente ele próprio é o "louco" e tranca-se na Casa Verde e liberta todos os demais.


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A mão e a luva - Machado de Assis


Este romance dá a medida da maneira de ser de Machado de Assis, ao analisar personagens e episódios da vida carioca na segunda metade do século XIX: o ambiente das chácaras nos arredores do Rio de Janeiro, as reuniões familiares, as leituras em voga, a Rua do Ouvidor, e tudo ou quase tudo que se poderia chamar de "as delícias da Corte", sendo que a personagem Guiomar já se impõe entre as grandes criações femininas do autor.



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Iaiá Garcia - Machado de Assis


"Iaiá Garcia" é o último romance da chamada "fase romântica" de Machado de Assis, que começa com "Ressureição" (1872) e engloba ainda "A Mão e a Luva" (1874) e "Helena" (1876). Todas essas novelas têm um ponto em comum: a personagem feminina ocupa uma posição decisiva, no melhor estilo de Balzac. "Iaiá Garcia" trata do conflito social entre as classes, aproveitando como eixo o romance entre Jorge, um cavalheiro de alta sociedade, e Estela, uma jovem pobre. A adolescente Iaiá é observadora desta trama, que envolve sentimentos de covardia e ausência de escrúpulos --ingredientes que Machado de Assis trabalha com maestria.

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VESTIBULAR: "Iaiá Garcia" é leitura obrigatória para o vestibular da UFLA (Lavras).


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Conto de escola - Machado de Assis

Conto de escola, escrito em 1896, é uma excelente introdução ao universo do maior escritor brasileiro, Machado de Assis (1839-1908). A história de Pilar, mestre em cabular aulas, tem início com a sua decisão de comparecer à escola, onde rapidamente se vê enredado por dois colegas de classe, Raimundo e Curvelo, o primeiro deles, filho do professor. De clara inspiração autobiográfica, Machado registra em chave irônica que a escola também pode ser o palco de lições inesperadas: a corrupção e a delação. Um clássico.


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Quincas Borbas - Machado de Assis


Espécie de continuação das "Memórias Póstumas de Brás Cubas", "Quincas Borba" é mais um dos romances clássicos de Machado de Assis e da literatura brasileira. Machado conta aqui a história de Rubião, um professor que enriquece subitamente após receber uma farta herança do filósofo Quincas Borba (personagem presente em "Memórias"). Para receber a herança, porém, Rubião se compromete a cuidar do cachorro do filósofo --também chamado de Quincas Borba. De posse do cão e do dinheiro, Rubião parte então rumo ao Rio de Janeiro, em busca da vida encantada de sexo, poder e fama da corte. Lá, ele tem de lidar com a sociedade mundana, os jogos de salão e a esperteza. Ao narrar a busca de Rubião, Machado oferece ao leitor uma análise provocante da vaidade, dos desejos e da própria condição humana.

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VESTIBULAR: "Quincas Borba" é leitura obrigatória para o vestibular da UFRS.


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Dom Casmurro - Machado de Assis


A alquimia narrativa de Machado chega às alturas em "Dom Casmurro", considerado por muitos como seu maior romance. Publicado em 1899, quando o autor já era reverenciado por "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Quincas Borba", é narrado pelo advogado Bento Santiago, o Bentinho, apelidado de "dom Casmurro" devido à sua introspecção. Já velho, Bentinho passa em revista a sua vida, centrada em seu amor pela mulher Capitolina, a Capitu. Bentinho e Capitu se conhecem ainda crianças e passam a namorar na adolescência, às escondidas. Mais tarde se casam contra a vontade dos pais. A história de amor transforma-se em pesadelo quando Bentinho passa a ser perseguido pelo ciúme e pela dúvida, suspeitando que Capitu o tenha traído com o seu melhor amigo, Escobar. Fica no ar a pergunta mais clássica da nossa literatura: Capitu traiu Bentinho? Machado não oferece pistas concretas, apenas o relato ambíguo e traiçoeiro do narrador, fruto de sua própria subjetividade. Mesmo assim, ou justamente por isso, a história enfeitiça o leitor e pede para ser decifrada, mesmo por aqueles que sabem que a resposta definitiva nunca será alcançada.

_______________________________________________________________________ VESTIBULAR: "Dom Casmurro" é leitura obrigatória para os vestibulares da PUC-SP, Cásper Líbero-SP e UFSC.


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Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis


"Memórias Póstumas de Brás Cubas" é o romance que marca a ruptura de Machado com sua fase romântica e o início de sua fase mais brilhante. É um marco da maioridade e, para muitos, o maior romance da literatura brasileira. Brás Cubas, narrador ficcional do livro, levanta da tumba para contar, com a isenção que só a morte permite, a história de sua vida. Ao brincar com as convenções da ficção e da autobiografia, Machado faz um profundo e saboroso exame do comportamento humano, com humor ácido, ironia e prosa brilhante, reservando surpresas e momentos hilariantes ao leitor, e transmitindo uma dimensão inusitada da solidão humana.

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21 de julho de 2009

O livreiro de Cabul - Åsne Seierstad

Campeão nas listas de mais vendidos do The New York Times, O Livreiro de Cabul foi considerado pela crítica um dos melhores livros de reportagem sobre a vida afegã depois da queda do Talibã. Depois de viver três meses em Cabul, com o livreiro Sultan Khan, a jornalista norueguesa Åsne Seierstad compôs este retrato das contradições extremas e da riqueza desse país.

Eu sou o livreiro de Cabul - Shah Muhammad Rais

Quem leu O Livreiro de Cabul, de Åsne Seierstad, precisa conhecer Eu Sou o Livreiro de Cabul, ajuste de contas escrito pelo próprio Livreiro, Shah Muhammad Rais. O primeiro, best-seller mundial, narra o dia-a-dia de uma família afegã num país submetido à guerra e à violência dos costumes. Eu Sou o Livreiro de Cabul é o tão esperado depoimento do protagonista que a jornalista norueguesa descreveu de forma polêmica em seu livro-êxito. Rais se mostra insultado, traído, e lamenta uma interpretação que se equivoca na essência, culpando-o com gravidade, quando, segundo ele, cada ato seu é ditado pela realidade que o circunda e à qual não pode escapar.
Adotando a narrativa como um diálogo permanente com figuras mitológicas da Noruega, os trolls (entidades mágicas onde a verdade é buscada para que a justiça se restabeleça), de alguma forma Shah Muhammad Rais chega à ironia máxima: o que foi denúncia deve ser denunciado; a acusadora virou acusada. O autêntico Livreiro sugere aqui que, se Seierstad não soube enxergar as profundas diferenças entre uma pátria rica e confortável, a Noruega, e um Afeganistão torturado por pressões sociais e religiosas, cometeu, mais que um livro, mais que um escândalo, um crime - um crime sem punição possível, que somente poderá ser abrandado com a mesma arma que ela usou: um livro.
"A que museu eu deveria mandar meu filho de doze anos para elevar seu orgulho e sua auto-estima se o Museu Nacional foi saqueado por contrabandistas que roubaram artefatos ancestrais e antiguidades de até seis mil anos de existência?", escreve o Livreiro. "A que biblioteca eu deveria mandar meu filho de doze anos se todas as bibliotecas foram danificadas e o Talibã queimou todos os livros infantis, muitos deles maravilhosamente ilustrados?"
Eu Sou o Livreiro de Cabul, de Shah Muhammad Rais, faz refletir, causando um profundo impacto acerca da abismal diferença entre os modos de vida ocidental e oriental.

20 de julho de 2009

O mundo de Sofia - Jostein Gaarder

Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que se vive. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia desconhece. O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de 'lição' em 'lição', o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente

O pequeno príncipe - Antoine de Saint-Exupery

Por meio de uma narrativa poética, o livro apresenta uma visão de mundo e mergulha no próprio inconsciente, reencontrando a criança de cada um de nós.



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O caçador de pipas - Khaled Hosseini

Grande sucesso editorial nos Estados Unidos em 2004, onde vendeu mais de 2 milhões de cópias, O caçador de pipas conta a história de Amir, um afegão há muito imigrado para os Estados Unidos, que se vê obrigado a acertar as contas com o passado e retorna a seu país de origem. O ponto de partida do livro é a infância do protagonista, quando Cabul ainda não era a capital do país que foi invadido pela União Soviética, dominado pelos talibãs e subjugado pelos Estados Unidos.

O caçador de pipas está presente na lista dos mais vendidos pelo New York Times e Publishers Weekly há mais de um ano, com publicação em 29 países, além de venda dos direitos para o cinema, com filme a ser produzido pela DreamWorks e dirigido por Sam Mendes, de Beleza Americana.

A menina que roubava livros - Markus Zusak

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de rouba-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhece-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.

 
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